Humor

DISPARATANDO

“É Carnaval, ninguém leva a mal!”

E se o Carnaval fosse, essencialmente, um tempo de liberdade interior, para encontrar o humor no dia a dia, soltar a criatividade e dizer muitos disparates?

PATETICES

Patetices são saudáveis
quando queremos brincar.
Até podem ser afáveis
(não queremos magoar…).

Se eu fosse rei ou ministro
havia de decretar
o Dia da Patetice,
para o povo celebrar!

“Não queiras ser muito sério”,
disse Saint-Exupéry,
“És homem, não cogumelo!”…
Vamos brincar por aí?
Pois toca a disparatar!
Até em meio escolar…

…     …       …      …      …

“- A literatura é, assim,
um grande repositório
de experiências humanas!”
“- Quê?! É um supositório?!
Revolvem-se-me as entranhas!”

Num belo dia de sol
Carlos viu uma mulher, 
uma deusa sobre a terra!
E não pôde resistir 
a tanto charme, coitado!
Apaixonou-se! Socorro!
Estou tão apaixonado!

Os portugueses andavam
a navegar, na maior,
por sobre as ondas do mar,
já no regresso da Índia…
Mas Camões, desencantado, 
suspirava, mergulhado
numa áustera tristeza… 

Por seu lado Madalena
sofria, gritava tanto
que tresloucada exclamava:
“- Minha filha, estou, estamos
perdidas e desonradas,
ínfames, ínfames, ínfimas!”  

“- O que quer Cesário Verde?”
“- Evacuar, claro está!”
“- Evacuar?! Ah, ah, ah!”
“- Sim! Sair, evacuar,
ir da cidade p’ró campo!”

…     …       …      …      …

Oh, aulas do meu encanto,
quanto eu pudera contar!
Mas fica p’ra outro dia,
pois não vos quero maçar!


      Paula Margarida Pinho
    

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