
Eu e os livros – capítulo II
Eu e os Livros: uma longa história de amor!
Tenho dez anos. É o mês de julho. As férias de verão prolongam-se como se nelas coubessem todos os sonhos.
Com esta idade sou uma leitora voraz. Basicamente, leio tudo o que consigo alcançar: livros para crianças, para adolescentes, para adultos; clássicos da literatura portuguesa e universal… Enfim!
Além dos livros que existem em casa dos meus pais, vou à pequena biblioteca da Gulbenkian, que funciona numa espécie de quarto de arrumos da Câmara Municipal. De longe a longe, recorro à Biblioteca de Ossela (cuja construção foi promovida por Ferreira de Castro). Que maravilha ter muitos livros para ler!

Nesta fotografia, estou num piquenique de família, no parque da ermida da Senhora da Saúde, rodeada por um grupo grande: os meus pais, os meus irmãos, vários primos e tios. Mas eu pareço um bocadinho alheada: mergulhada na leitura, sorrio para o livro – que, de certeza, estou a reler. Acompanho as aventuras dos Cinco. Enid Blyton foi uma das grandes paixões da minha pré-adolescência. Cresci com a Ana, o Júlio, o David, a Zé e, claro, o Tim.
Acredito que os livros que lemos na nossa infância são os que mais nos marcam. Crescemos com eles, farão sempre parte de nós. Ainda guardo na minha biblioteca, com muito carinho, a coleção completa (e muito estragada, de tão lida!) de “Os Cinco”, de Enid Blyton.


"A praia é longa e lisa sob o vento"

2 Comentários
Albertina Seco
Olá, Paula. Também eu cresci com aqueles cinco. Cheguei até, com o meu irmão e os meus primos, a criar um clube para viver algumas aventuras. Acho que muito contribuíram para fazerem de nós, leitoras.
Um abraço.
Paula Margarida Pinho
É verdade, Albertina! Eu não seria a mesma sem os livros de Enid Blyton. Sobretudo “Os Cinco”, mas também “Os Sete”, “Mistério”, e até o Noddy e os colégios de Santa Clara e das Quatro Torres. E também tentei criar clubes, mas o problema é que nunca houve mistérios para resolver…
Beijinhos. E continuação de boas férias!